04 julho 2012
Brasil quer compensar Uruguai
A polêmica sobre a entrada da Venezuela no Mercosul ganhou mais um capítulo ontem com uma entrevista do vice-presidente uruguaio, Danilo Astori, na qual diz ser contra a mudança e chama o caso de agressão institucional. Enquanto isso, diante da crise entre os integrantes da união aduaneira, o governo brasileiro acena com a possibilidade de elevar investimentos no Uruguai para acalmar ânimos e aposta que os sinais de descontentamento não afetarão o bloco. "É uma ferida institucional muito importante, talvez a mais grave nos 21 anos do Mercosul", disse Astori ao "El Observador". De outro lado, o secretário da Presidência uruguaia, Diego Cánepa, minimizou divergências e disse que houve consenso sobre a entrada da Venezuela e que a versão do governo brasileiro sobre o episódio é "correta". Segundo ele, a discussão girou em torno da oportunidade e do alcance da Cláusula de Ushuaia e, por isso, o presidente José "Pepe" Mujica pediu que se esperasse até 31 de julho para a adesão oficial ao bloco. Mas a discussão sobre o assunto está longe de acabar no Uruguai. Ontem, o Senado aprovou com votos de 13 dos 27 senadores a convocação do chanceler Luis Almagro, que disse que o país teve de aceitar o novo sócio por pressão da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Constituição uruguaia, para aprovar a interpelação de um ministro é necessário contar com um terço dos votos. A oposição já fala em pedir a renúncia do chanceler por considerar que ele mentiu.
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