sexta-feira, agosto 10, 2012

Ação contra as cotas

Levantamento exclusivo mostra que, para destinar metade das vagas a alunos do ensino público, universidades de Minas teriam de ampliar em 72% suas políticas de benefícios Por considerar novas regras aprovadas pelo Congresso Nacional "discriminação às avessas", representantes de escolas particulares ameaçam com ação contra a reserva sociorracial. De um lado, o desafio de encontrar maneiras de ampliar em mais de 70% o alcance dos programas de bônus e benefícios sociais hoje já em funcionamento nas universidades federais de Minas. De outro, a ameaça de que a reserva de metade das vagas nessas instituições para alunos do ensino público se transforme em batalha judicial de fim imprevisível. A caminho da sanção da presidente Dilma Rousseff, o projeto que cria cotas sociorraciais no ensino superior gratuito já se anuncia como um desafio em múltiplos aspectos. Mesmo que seis das 11 federais em território mineiro já adotem algum tipo de benefício por critérios raciais ou sociais, levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que as instituições têm um longo caminho a trilhar rumo à inclusão, diante da possibilidade de sanção do projeto. O desafio é de, nos próximos quatro anos, ampliar em pelo menos 72% o número de cadeiras destinadas a esses estudantes e ainda garantir que mais da metade dos matriculados sejam negros, pardos e indígenas.

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