domingo, setembro 02, 2012

Investidores em alerta

Ganhos estratosféricos com aplicações financeiras de renda fixa e de baixo risco ficaram no passado. Portanto, quem está planejando a aposentadoria, ciente de que os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não serão suficientes para garantir um futuro melhor, deve se preparar. Com a taxa básica de juros (Selic) no menor nível da história, 7,5% ao ano, os fundos de previdência oferecidos por bancos e seguradoras, sobretudo aqueles atrelados a títulos públicos, vão render cada vez menos. "A receita do bolo é simples. Cada detalhe da aplicação tem de ser avaliado, a começar pela taxa de administração cobrada pelas instituições financeiras e pelas empresas de seguros. Se esse custo for superior a 1% ao ano, certamente o risco de perdas será maior", avisa Felipe Chad, sócio-diretor da DX Investimentos. A partir de agora, a ordem é uma só para os investidores: pesquisar muito. Quanto mais informações eles tiverem do mercado, dos rendimentos dos fundos, dos custos que bancos e seguradoras estão lhes impondo, mais tranquilo será o retorno. Dados compilados pelo Correio, com base em estatísticas da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), mostram que quase 50% dos fundos de previdência complementar estão perdendo para a inflação no acumulado deste ano. Motivo: além das elevadas taxas de administração, que, em alguns casos, chegam a 5% ao ano, a combinação de juros em baixa com péssimo desempenho da bolsa de valores. "A boa notícia é que estamos falando em investimentos de longo prazo. E, a partir do momento em que a economia se recuperar, o mercado acionário reagirá, compensando os juros mais baixos", afirma Chad. Investimento em ações, porém, são mais arriscados. Mas é bom ir se acostumando. Em qualquer parte do mundo desenvolvido, o grosso das aposentadorias está aplicado nas bolsas de valores. No Brasiil, sem a praga dos juros altos, não será diferente.

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