A renovação das concessões pelas regras estabelecidas pelo governo trariam perdas de pelo menos R$ 8 bilhões às elétricas de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. As quatro elétricas estatais recusaram total ou parcialmente a proposta do governo. O cálculo inclui perdas com indenizações -as oferecidas ficaram abaixo das calculadas pelas empresas- e receita de tarifas -que, pelo plano da presidente Dilma, teriam que ser obrigatoriamente reduzidas. Não estão incluídas as perdas que as empresas tiveram em valor de mercado após o anúncio da MP, nem os números da Cemig. A estimativa do mercado é que a indenização deveria ser superior a R$ 6 bilhões, mas a empresa não revela seus números. Segundo a Cemig, o acordo foi recusado porque não garantia a gestão das hidrelétricas sem riscos ambientais e operacionais. "Com os contratos atuais, temos condições de assumir esses riscos", disse ontem Luiz Fernando Rolla, diretor de Finanças e Relações com Investidores da empresa. Já no caso da Cesp, da Copel e da Celesc, os motivos para a não adesão foram os prejuízos implicados. Com exceção da Celesc, as três estatais são controladas por tucanos. A única grande geradora a aceitar as condições de Dilma foi a Eletrobras, que é controlada pela União.
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