Semana passada, a senadora Kátia Abreu ocupava a presidência do Senado quando seu colega Roberto Requião (PMDB/PR) fez um ataque violento aos ruralistas, responsabilizando-os pela morte recente de índios. Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Katia abandonou a moderação na condução dos trabalhos, inscreveu-se para falar e reagiu com veemência à acusação de Requião. “Matar índios? Preconceito, na lei, é crime. E o que foi feito há pouco nesta tribuna é crime, tendo preconceito e usando palavras abusivas. Nem parece que o senador representa um agro tão forte como o do Paraná”. Para ela, o agronegócio está fazendo sua parte e ajudando o PIB. Em entrevista ao Brasil Econômico,a senadora achou “providencial” a exoneração da presidente da Funai, Marta Azevedo, e defendeu mudanças na demarcação das reservas. Acusou o governo de leniência com a questão indígena e apelidou o ministro da Justiça de “Eduardo Omisso Cardozo”. “Ele é um dos grandes responsáveis. Por omissão, por covardia.” Assídua no Palácio do Planalto, a senadora atribui a seu jeito determinado a deferência com que é recebida pela presidente Dilma Rousseff: “Ela vê o meu esforço pela vitória do agro”.
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