segunda-feira, junho 17, 2013

Vaias à presidente - Planalto abafa; oposição vê sintoma de desgaste

Nos últimos cinco dias, o país foi tomado por manifestações nas ruas e em frente a estádios de futebol. A vaia à presidente Dilma Rousseff no jogo entre Brasil e Japão, no sábado, trouxe um ingrediente novo a esse cenário de descontentamento. Os gritos de gol, na largada da Copa das Confederações, vieram acompanhados por ruídos de natureza nada festiva: palavras de ordem, estouros de bomba e vaias à presidente Dilma Rousseff na abertura do evento. A ruidosa sonoplastia política tem origem em manifestações com públicos e propósitos diferentes, mas, segundo especialistas, refletem um sentimento de insatisfação nacional e tendem a reforçar umas às outras. Estádios de futebol costumam ser ambientes cruéis para pernas-de-pau, mas também para líderes políticos. Assim foi na inauguração do Maracanã, na década de 1950, ou quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao mesmo local para a abertura dos Jogos Pan-Americanos, em 2007. Os apupos foram tão intensos que o petista desistiu de anunciar ao microfone o início das competições. As vaias enfrentadas por Dilma na tarde de sábado, porém, somam-se a uma série de protestos que vêm sacudindo o país.

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