quarta-feira, julho 24, 2013

Pistoleiro executou jornalistas

O mesmo homem apontado como executor do repórter Rodrigo Neto Faria, de 38 anos, em 7 de março deste ano, o pistoleiro Alessandro Neves Augusto, o Pitote, é acusado de matar também o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, de 43 anos, cerca de um mês depois, como forma de queima de arquivo. Walgney tornou-se uma ameaça ao dizer que sabia quem era o assassino. Essa foi a principal conclusão do primeiro balanço apresentado ontem pela força-tarefa de policiais civis que atua há 120 dias em Ipatinga e outras cidades do Vale do Aço para elucidar pelo menos 14 crimes com envolvimento de policiais na região. Até agora, nove casos, que resultaram em 14 mortes, tiveram a autoria indicada, mas nem todos estão encerrados. Ao todo, foram presos três agentes da PM, seis civis e um pistoleiro. Cinco pessoas foram indiciadas, mas estão em liberdade, incluindo três investigadores. Um policial continua foragido, uma testemunha desaparecida e três estão sob proteção do Estado em local secreto. A força-tarefa composta por quatro delegados, três escrivães e 12 investigadores ainda não conseguiu esclarecer o motivo pelo qual o jornalista Rodrigo Neto foi morto – embora o repórter fosse conhecido por denunciar o envolvimento de policiais em crimes e grupos de extermínio. "Há três premissas para se solucionar um caso: quem, como e por quê. Ainda não sabemos o motivo para o assassinato do jornalista ou se há mais envolvidos, mas os trabalhos prosseguirão", disse o chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto de Souza.

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