quarta-feira, julho 24, 2013

Rombo na conta externa cresce 73% no 1º semestre

Em meio a um cenário internacional turbulento, cresce a dependência do Brasil por recursos externos. No primeiro semestre, o rombo na conta que registra as principais transações com os demais países cresceu quase US$ 20 bilhões em relação a 2012, de US$ 25,3 bilhões para US$ 43,5 bilhões. O patamar é recorde para o período e, pela primeira vez desde 2010, não foi coberto inteiramente por investimentos direcionados à produção, considerados menos voláteis que os financeiros, como os direcionados a ações e renda fixa. Apesar de robusto, o fluxo de US$ 30 bilhões dos chamados investimentos diretos ficou abaixo do deficit em transações correntes. "A tendência é ruim, havia muitos anos que isso não acontecia", afirma o economista-chefe da gestora de recursos Opus, José Marcio Camargo. Ele diz que a diferença poderá ser revertida se houver uma política econômica crível que atraia fluxo suficiente de investimentos. Diante das incertezas que prevalecem em relação ao ritmo de crescimento mundial e aos impactos das mudanças na política econômica dos EUA e da desaceleração da China, o fluxo de recursos externos passou a ser menos favorável a economias emergentes como a brasileira.

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