Em uma questão de horas, as forças de segurança do Egito transformaram em praças de guerra os acampamentos mantidos pelos apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi. A ofensiva para desocupar os locais terminou com um saldo ainda incerto de mortos. O que se sabe, contudo, é que as ruas do Cairo foram palco de um verdadeiro banho de sangue: testemunhas afirmam ter contado ao menos quarenta corpos em um necrotério, enquanto o governo confirma 56 óbitos, segundo a rede BBC. Já a Irmandade Muçulmana alega que pelo menos 250 pessoas morreram. Mais tarde, o governo do Egito anunciou que “usará todos os meios para repelir terroristas” e impedir ataques contra propriedades públicas e delegacias. As forças do Exército chegaram aos acampamentos munidas de armamentos e tratores. Logo, segundo correspondentes da rede americana CNN, o caos se seguiu: os apoiadores de Mursi se recusaram a sair e disseram que estavam dispostos a morrer. "Eu, pessoalmente, nunca vi tanto derramamento de sangue", afirmou o repórter da rede Reza Sayah. Segundo a BBC, que cita autoridades egípcias, os acampamentos na capital já foram "liberados". O porta-voz do Conselho de Ministros Sherif Shauqi leu um comunicado do Executivo no qual afirmou que perseguirão os “terroristas” para proteger as propriedades públicas. O governo também pediu à Irmandade Muçulmana que pare de incitar seus seguidores a “ameaçarem” a segurança nacional. (Veja)
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