terça-feira, agosto 13, 2013

Subsídio de combustível ameaça rating da Petrobras

A sequência de reajustes nos preços da gasolina e do diesel este ano levou a área de refino da Petrobras ao menor prejuízo em dois anos: R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre de 2013. Mesmo assim, a empresa já pressiona o governo por novos reajustes, preocupada com os efeitos do câmbio nos gastos com importação de combustíveis no terceiro trimestre. Com índice de alavancagem (investimento sobre patrimônio líquido) próximo do limite considerado ideal, a empresa quer evitar a perda do grau de investimento, diante da deterioração da geração de caixa. Iniciada no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a queda de braço entre Petrobras e a área econômica do governo ganhou força depois da posse de Graça Foster na presidência da empresa, em 2012. Se antes a companhia limitava-se a dizer publicamente que exercia uma “política de preços de longo prazo”, agora não tem receio de repetir que faz gestões junto ao acionista majoritário para recuperar suas margens com reajustes de preços. Apenas este ano, três aumentos foram autorizados — dois para o preço da gasolina e um para o diesel. O balanço do segundo trimestre mostra o efeito dos reajustes, com alta de 13% no lucro operacional, frente ao primeiro trimestre, para R$ 11,1 bilhões.

Nenhum comentário: