quinta-feira, dezembro 19, 2013

Novo salário mínimo será de até R$ 724

O salário mínimo deverá ficar entre R$ 722 e R$ 724 no próximo ano. A boa notícia dada ontem pela presidente Dilma Rousseff, entretanto vai pesar mais no orçamento dos patrões, principalmente daqueles que precisam de serviços domésticos – mesmo que o reajuste de 6,6% represente aumento real de 0,8%, o menor verificado nos últimos anos. Em 2013, o salário mínimo teve aumento real de 2,7%, e em 2012, de 7,6%. É que além dos R$ 46 a mais, os encargos trabalhistas, como recolhimento ao INSS e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), esse ainda não obrigatório, vão aumentar. A relações-públicas Ana Cristina Carneiro Teixeira, que depende da empregada para cuidar de sua filha Luiza, de 11 anos, questiona o aumento do mínimo, que, segundo ela, não acompanha os rendimentos do seu salário. "O salário mínimo sempre aumenta mais que o nosso. Se a gente recebesse com base no piso nacional, o impacto no orçamento certamente seria menor, mas a proporção não é a mesma", argumenta. Os gastos de Ana Cristina, que incluem o salário mínimo, parte do INSS e o vale-transporte, quase chegam a R$ 1 mil e serão maiores a partir de janeiro. Para o contador Edvar Dias Campos, que é coordenador estadual do Programa de Voluntariado do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), no momento de reajuste do salário é importante que os patrões se atentem às novas despesas e planejem seus custos. "Os encargos vão aumentar proporcionalmente. Se a alta foi de 6,6%, além do salário, o INSS e o FGTS ficarão mais caros imediatamente a partir de fevereiro", diz. "Já o 13º salário, uma possível rescisão e as férias custarão mais a longo prazo", acrescenta. Outra alta que deve ser observada, segundo Campos, é a do transporte, que tradicionalmente também é reajustado no início do ano e com o mínimo deve pesar no bolso dos patrões.

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