O líder dos grupos Black Blocs, Leonardo Aguiar Morelli, 53 anos, foi encontrado morto em um hotel do Centro de Florianópolis na última segunda-feira, dia 16. Morelli é dirigente da ONG Defensoria Social - que seria um dos braços de apoio dos Black Blocs - e auxiliava na coordenação do grupo no país. Seu corpo não apresentava sinais de violência e a causa da morte seria natural. Ele havia chegado à Capital catarinense no sábado e estava prestes a voltar para Curitiba, onde morava. Porém, funcionários do estabelecimento estranharam a sua demora em sair do quarto no horário do check out. Eles tentaram contato por telefone e, sem resposta, entraram no local. Foi quando o encontraram caído, já sem vida, entre duas camas de solteiro. A morte dele só veio a público dois dias depois, na noite da última quarta-feira. Segundo o jornalista Altamir Andrade, amigo pessoal de Morelli, ele estava em Santa Catarina para tratar de causas ambientais que o incomodavam nos últimos meses. Em setembro, quando também esteve no Estado, Morelli teria entregue a Altamir uma carta onde fazia graves denúncias contra uma empresa de Joinville, que estaria disponibilizando areia contaminada para a produção de concreto, saneamento básico e pavimentação - o que estaria causando câncer na população. Preocupado com problemas de saúde e com as perseguições que sofria, ele teria pedido para o amigo guardar o documento e só divulgá-lo caso algo lhe acontecesse. A carta foi publicada na íntegra no blog de Altamir na noite de quarta. Morelli e a empresa que ele denuncia no documento estariam brigando na Justiça: ela o teria processado por denúncias anteriores, sobre o mesmo motivo. A nova vinda ao Estado, no fim de semana, também teve relação com isso: ele estaria com reuniões marcadas para discutir o assunto. No dia que foi encontrado sem vida, Morelli trazia no bolso o cartão do advogado que o defendia na causa contra a empresa. (Zero Hora)
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