sábado, agosto 09, 2014

EUA atacam Iraque para conter radicais

Dois anos e sete meses após deixarem o Iraque, os Estados Unidos fizeram nesta sexta-feira (8) três ataques em Irbil, no norte do país, em resposta ao avanço dos extremistas do Estado Islâmico. Os bombardeios aconteceram horas após o presidente americano, Barack Obama, dar aval à ação para "evitar um potencial genocídio". O primeiro ataque ocorreu às 13h45 locais (7h45 em Brasília), quando um caça F/A-18 da Força Aérea americana disparou duas bombas de 225 kg sobre um lançador de foguetes usado pelo Estado Islâmico na periferia de Irbil. Segundo o governo americano e as autoridades do Curdistão iraquiano, onde fica a cidade, os radicais islâmicos atingidos ameaçavam as forças de segurança curdas e militares americanos. A região voltou a ser bombardeada às 17h, quando um drone americano atacou outra base de lançamento usada pelo Estado Islâmico. Uma hora depois, quatro F/A-18 dispararam bombas sobre um comboio de sete veículos e um carro militar dos radicais islâmicos. O governo local não informou quantos insurgentes morreram. Os ataques acontecem no fim da semana em que o grupo radical sunita chegou ao Curdistão iraquiano, território mais estável do país. Na passagem pela região, eles invadiram cidades de minorias étnico-religiosas e provocaram a saída repentina de mais de 300 mil pessoas. A situação mais grave é de 40 mil curdos yazidis, adeptos do zoroastrismo. Eles estão cercados desde o domingo (3) pelos extremistas nas montanhas de Sinjar, sem água nem comida. Nesta sexta, os yazidis receberam alimentos lançados por aviões militares americanos e britânicos. O Estado Islâmico, que quer criar um califado no Iraque e na Síria, condenam quem não segue sua vertente radical do islamismo sunita. Ao chegar nas cidades invadidas, eles obrigam que todos sigam a sua interpretação literal do Alcorão. Se isso não acontecer, os infratores são obrigados a pagarem multas ou são mortos.

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