terça-feira, outubro 14, 2014

Terror na veia

Donos de algumas das maiores empreiteiras do país citadas no escândalo da Petrobras mandaram o seguinte recado às campanhas de Aécio Neves e de Dilma Rousseff, e também ao mercado financeiro: as investigações podem parar o país em 2015. Todas as grandes empreiteiras foram citadas no escândalo: Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Elas estão em praticamente todas as grandes obras do país. O argumento para as campanhas é o de que, se consideradas inidôneas, não poderão mais tocar os projetos. As empreiteiras têm canal livre nos partidos: elas são tradicionalmente as maiores contribuintes das campanhas eleitorais. Ainda que possam "convencer" políticos de amenizarem a abordagem do escândalo, há um fator que as empreiteiras não controlam: o juiz Sergio Moro, que toca as investigações. Advogados e juristas estão preparando manifesto para pedir à OAB que se posicione de forma crítica em relação a Moro. Vão dizer que ele driblou o sigilo da delação premiada ao ouvir e divulgar o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à imprensa em outro procedimento judicial. (Mônica Bergamo)

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