O Ministério Público de São Paulo apontou na conclusão do inquérito civil que a Portuguesa recebeu dinheiro para escalar de forma irregular o meia Héverton na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013 contra o Grêmio. A informação é do jornal “Estado de São Paulo”. O MP agora quer saber quem comprou a vaga na Série A. Suspeitas recaem sobre Flamengo e Fluminense, segundo a publicação. O valor giraria entre R$ 4 milhões e R$ 20 milhões. O Ministério Público sustenta a conclusão em três bases: a CBF enviou email para a Portuguesa (que foi aberto), via Federação Paulista de Futebol, e seis funcionários tinham a informação; a Portuguesa sabia do julgamento do jogador pois foram descobertas entre o departamento jurídico e o advogado da Lusa na sexta-feira e no sábado, anteriores ao jogo; e, por fim, funcionários da Portuguesa fizeram uma pasta com informações entregues ao então técnico Guto Ferreira com os jogadores suspensos e pendurados, mas não trazia o nome de Héverton. O próximo passo do MP de São Paulo é descobrir a movimentação financeira. Trocando em miúdos: quem pagou para ter a vaga na Série A. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) quebrou os sigilos financeiros de funcionários da Lusa. A partir daí, o Ministério Público vai atrás do responsável pelos pagamentos. Flamengo, que se salvou do rebaixamento, e Fluminense são suspeitos, de acordo com a informação do jornal. Héverton foi escalado contra o Grêmio e gerou a intervenção do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O advogado da Lusa foi Osvaldo Sestario.
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