quarta-feira, dezembro 31, 2014

'A homofobia está implantada no Congresso'

Margarida Pressburger, ativista, membro do Subcomitê de Prevenção à Tortura da ONU, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e da OEA vê retrocesso no país. "Sou uma ativista dos Direitos Humanos. Hoje estou nas Nações Unidas, mas já passei por outros lugares, sempre atuando no mesmo sentido, fazendo o que sei e o que posso para que se cumpra a Declaração dos Direitos do Homem. Luto por igualdade. Essa é a minha bandeira. E a do Botafogo também". • Conte algo que não sei. Amo minha pátria e tenho muito orgulho de ser brasileira. Mas o Brasil nunca foi tão homofóbico, racista e machista quanto está sendo agora. Falo a partir de números e do nosso Congresso, de onde está vindo esse ódio que está contaminando toda a nação. Por outro lado, tenho uma esperança muito grande. Estou vendo cada vez mais jovens entrando na luta do ativismo. • Fale desse ódio que a senhora identifica no Congresso. Há uma parede fundamentalista, um bloqueio, um paredão. Tudo é proibido, tudo é pecado, crime. Isso vai incitando a derrubada das raízes afro-brasileiras, dos centros. Contamina tudo. A Liga das Escolas de Samba está pensando em desobrigar a Ala das Baianas, porque a maioria dessas senhoras está na igreja, não pode mais sair no carnaval. É uma lavagem cerebral pelo ódio, não pelo amor.

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