Empresas investigadas pela Operação Lava Jato planejam recorrer contra a decisão da Petrobras de impedi-las de assinar novos contratos com a estatal, defendendo-se em processos administrativos internos ou até mesmo atacando a petroleira na Justiça. A Petrobras informou na noite da segunda (29) em comunicado ao mercado que 23 empresas não poderão participar de licitações nem fechar contratos por causa da suspeita de cartel. A estatal diz que se baseou nas delações de seu ex-diretor Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e de dois executivos que colaboram com a Justiça. Em nota divulgada nesta terça (30), informou que poderá recorrer a empresas estrangeiras para manter seus investimentos. Alternativas serão estudadas para "solucionar a questão" do conteúdo local, mas a estatal não detalhou como isso seria feito. Segundo a Petrobras, as 23 empresas também serão retiradas de licitações em andamento. Os contratos já firmados não serão interrompidos. Entre as empresas punidas estão algumas das maiores empreiteiras do país, como Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS e Andrade Gutierrez. A Galvão Engenharia é uma das que pretendem processar a Petrobras, por considerar que a punição não tem base legal, conforme a Folha apurou. Uma das alegações repetidas pelas empresas é que a Justiça Federal ainda não julgou nenhum de seus executivos nos processos abertos. A Petrobras diz que foram criadas comissões internas para analisar cada caso.
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