quarta-feira, março 25, 2015

Lei anticorrupção: procuradores também criticam regulamentação


O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, disse ontem que concorda com as críticas do advogado Modesto Carvalhosa à regulamentação da Lei Anticorrupção. Em entrevista ao GLOBO, publicada ontem, Carvalhosa classificou como farsa a nova lei e apontou risco de corrupção ao se colocar ministros para iniciar as investigações que envolvam empresas contratadas pelo governo. Camanho também entende que um ministro investigar empresas pode levar a negociações escusas.- Essa autonomia de investigação que a lei coloca para âmbito federal, sem controle, pode levar, sim, os empresários a serem alvos de achaque. E, por medo, acabarem cedendo. O pior é que essa autonomia se estende para instâncias estaduais e municipais - disse Alexandre Camanho.O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Rossini Corrêa também afirmou que delegar a ministros a prerrogativa de investigar empresas envolvidas em casos de desvio de recursos e pagamentos de propina pode comprometer os processos.

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