quinta-feira, abril 23, 2015

Escolas vão perder 21 dias de aula com os feriados deste ano

Às vésperas da Olimpíada que vai mexer com o ano letivo no Rio de Janeiro, escolas e pais de alunos já se preocupam com o excesso de feriados de 2015. A angústia é ainda maior para os responsáveis que trabalham e não têm com quem deixar seus filhos. Esta semana, alguns colégios públicos, como Pedro II, Colégios de Aplicação da UERJ e UFRJ e muitos particulares aderiram ao feriadão de nove dias. Só este ano, o calendário escolar prevê 21 dias de folgas, entre feriados e recessos. O número de dias parados representa 10% dos 200 dias letivos obrigatórios por lei. Para cumpri-los, algumas escolas estão se programando para encurtar as férias de janeiro e dar aulas aos sábados. A paralisação também atinge creches privadas. “Eu pago creche particular, para não passar por greves como na escola pública e eles decidem parar. O meu filho fica com minha sogra e quem não tem com quem deixar, faz o quê?”, critica o motorista Clemildo Silva. Apesar da baixa frequência em algumas unidades, as escolas das redes municipal e estadual abriram segunda-feira, véspera do feriado de Tiradentes e quarta-feira. De acordo com as secretarias, na sexta-feira, também vão funcionar normalmente. Ao contrário das escolas públicas que seguem determinação das secretarias municipal e estadual de educação, os colégios e creches particulares têm liberdade para definir o próprio calendário escolar. Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Edgar Flexa Ribeiro, os donos dos estabelecimentos privados têm autonomia para dar recesso entre os feriados. “Algumas escolas seguem feriados religiosos e outras não. Muitos colégios funcionaram normalmente. A paralisação de uma semana não foi generalizada”, diz. O importante, explica Ribeiro, é que as unidades respeitem a legislação em vigor. “As escolas têm de cumprir, o mínimo, de 200 dias letivos no ano”, diz. Para o presidente do Sinepe, os alunos não serão afetados. “Não há prejuízo pedagógico. O conteúdo será reposto pelas escolas”, diz.

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