O governo federal lançou nesta terça-feira mais um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte do esforço da administração Dilma Rousseff de criar uma agenda positiva via projetos de logística. A nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) projeta aportes totais de 198,4 bilhões de reais em portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. Com o anúncio do PIL, Dilma e sua equipe econômica liderada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) buscam melhorar a confiança na economia brasileira, que caminha para ter em 2015 o pior resultado em 25 anos, com contração acima de 1 por cento. Porém, mais de 65 por cento dos investimentos no PIL estão previstos para ocorrer apenas a partir de 2019, já no mandato do próximo presidente da República e com pouco efeito prático na economia nos próximos anos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saudou o novo PIL, afirmando que o plano atende a "uma antiga reivindicação da indústria ao compartilhar com a iniciativa privada a ampliação e gestão da infraestrutura de transportes". Ao anunciar o plano, Dilma disse que o modelo de concessões está ancorado em garantia de preço justo aos usuários e remuneração adequada aos futuros concessionários. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuará a ter presença relevante no financiamento das obras, mas cobrará mais pelos empréstimos e exigirá em muitos casos que o empreendimento seja erguido com recursos levantados com a emissão de debêntures.
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