RÁDIO ITABUNENSE


17 agosto 2015

Dívida com rotativo do cartão atinge recorde


João pediu a Maria R$ 10 para comprar arroz e feijão. Pagaria tudo em 30 dias, mas, sem conseguir o dinheiro, quitou apenas R$ 2,50. Sem garantia de um dia receber o valor de volta, Maria cobrou de João 11% de juros sobre os R$ 7,50 que restaram ser pagos, e, no mês seguinte, a dívida subira para R$ 8,32. Ele só pode pagar R$ 2. A história se repetiu por 12 meses até João quitar o que devia. No fim, pagou um valor quase 50% maior que o que pegara emprestado.A história é fictícia, mas pode representar a situação de milhares de brasileiros que se enrolaram com o pagamento do cartão de crédito. Em junho, a dívida com o rotativo do cartão — a operação de financiamento dos R$ 7,50 que João deixou de pagar a Maria, no nosso exemplo — atingiu o recorde de R$ 33,122 bilhões na série histórica do Banco Central, que começou em 2007, quando o montante era de R$ 11,407 bilhões.

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