sexta-feira, dezembro 04, 2015

Dilma enfrenta novo adversário

No dia em que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi lido em sessão esvaziada na Câmara dos Deputados, governo e oposição definiram suas estratégias. Os oposicionistas querem retardar o processo com o objetivo de adiar a votação em plenário para depois do Carnaval. A ideia é mobilizar a sociedade e obter os votos necessários para o impeachment. Já o governo quer suspender o recesso, que começa no dia 22, e dar celeridade ao processo. Acredita ter votos suficientes para barrar a iniciativa. Os dois lados creem que dezembro e janeiro são meses de baixa mobilização social. Responsável pelo início da tramitação do impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou ontem que vai instalar na segunda-feira a comissão especial que tratará do tema. Enquanto PT e oposição definem suas táticas, trava-se em Brasília a disputa principal, entre a presidente e seu vice, Michel Temer, que em caso de impeachment assumirá a Presidência. Embora o ministro da articulação política, Jaques Wagner, tenha tentado ontem de todas as formas desmentir a ideia de rivalidade, chamando o vice de "democrata", a relação entre Dilma e Temer não é boa e se agravou.

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