Acusado de desviar recursos que giram em torno dos R$ 40 milhões de reais, o prefeito Ranulfo Gomes (PSD), da cidade Cansanção, no nordeste baiano, teve seu afastamento decretado na manhã desta quinta-feira (3). O decreto do afastamento foi enviado pela Justiça Federal e, além dele, foram afastados também o tesoureiro da prefeitura José Orlando Pinheiro, a Iª Dama Vilma Gomes, a Secretária de Saúde e também a de Educação. Com o afastamento do prefeito, quem assume a cidade nos próximos dias é o vice Paulo Henrique (PRP). Além de deixar o cargo, Ranulfo Gomes passará a ser monitorado 24 horas por dia por uma tornozeleira eletrônica. O prefeito terá que entregar seu passaporte imediatamente à Polícia Federal. Já as contas de 2014 da prefeita de Belmonte, Alice Maria Magnavita Elias de Brito, foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) nesta quinta-feira (3). Ela também foi multada em R$ 58,8 mil por irregularidades nas contas e não redução de despesas com pessoal. O município torra 72,1% da receita com pagamento ao funcionalismo, quando o limite máximo é 54%, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. O relator do parecer, conselheiro Fernando Vita, determinou representação ao Ministério Público Estadual contra a prefeita. A prefeita deverá devolver R$ 61.217,33 aos cofres públicos por apresentar nota fiscal em cópia e ilegível (R$ 52.823,05), comprovante de despesa em cópia (R$ 4.431,55) e pagamento de juros e multa por causa de atraso na quitação de contas de consumo (R$ 3.962,73). Também na sessão desta tarde, o TCM decidiu pela rejeição das contas de 2014 do prefeito de Itabela, Júnior Dapé, além de denúncia contra o gestor ao Ministério Público Estadual. Dapé foi multado em R$ 83,2 mil por irregularidades graves na gestão e não redução das despesas com pagamento de pessoal, hoje em 65,8%. O conselheiro Fernando Vita também determinou que o prefeito devolva R$ 1.036.744,72, com recursos pessoais, gastos sem comprovação da despesa, dos quais R$ 715.304,17 eram da conta do Fundeb. O prefeito também investiu 14,44% em saúde, ficando abaixo dos 15%.
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