quinta-feira, janeiro 21, 2016

Globo renova com sete clubes e ameaça quem não fechar

A Globosat, dona do SporTV, já assinou com sete clubes a renovação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para a TV fechada, a partir de 2018. De acordo com o UOL Esporte, por Eduardo Ohata, são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético/MG. Além destes, negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Internacional e Coritiba. A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do Esporte Interativo!, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo!, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade das operadoras NET e Claro TV. Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo! e alterarem a janela atual de TV fechada, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente" suas receitas. O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos. Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV fechada. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. “Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida", explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca. Nas negociações com o Esporte Interativo!, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal. O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana. (Esporte e Mídia)

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