As quatro maiores empresas de processamento de cacau instaladas no Brasil – ADM, Cargill, Barry Callebaut e Indeca – utilizaram no ano passado mais cacau para a fabricação de subprodutos (como manteiga e pó de cacau) do que o esperado inicialmente. A valorização do dólar em relação ao real tornou os subprodutos de cacau produzidos no Brasil mais competitivos no mercado internacional, aumentando o interesse das indústrias chocolateiras mundo afora pelas matérias-primas brasileiras. Essas companhias, que representam 95% da amêndoa moída no país, processaram 219 mil toneladas em 2015, uma redução de 2% em relação ao ano anterior, de acordo a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que representa o quarteto. A expectativa do setor no início de 2015, então temoroso com a forte perda de renda do brasileiro, era de que as fabricantes de chocolate cortariam as compras de matérias-primas (subprodutos do cacau) e fariam o processamento cair 9%. Veio então a tábua de salvação: a valorização do dólar ante o real, que atraiu a demanda externa para o Brasil."Se dependesse do mercado interno, o processamento teria sido muito ruim. Com o aumento das exportações, deu para aliviar a moagem", afirmou Walter Tegani, diretor-executivo da AIPC. De fato, os embarques das indústrias deram um salto em 2015. O crescimento foi puxado basicamente pela manteiga de cacau, cujas exportações cresceram que 61% em volume (26,9 mil toneladas) e 40% em receita (US$ 164,8 milhões). (Mercado do Cacau)
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