quinta-feira, maio 05, 2016

Dilma já negocia direitos de afastada e deve ficar no Alvorada

Se tiver o mandato suspenso por até 180 dias, na próxima semana, a presidente Dilma Rousseff terá de adaptar seu dia a dia a uma estrutura enxuta. Os direitos de Dilma como presidente afastada serão estabelecidos pelo Senado, que deverá decidir por um padrão modesto, mas não tanto como o concedido ao ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando o Congresso também o tirou do cargo. Dilma e o PT pretendem transformar o Palácio da Alvorada num “bunker” de resistência para tentar impedir a cassação definitiva do mandato. A permanência na residência oficial da Presidência já está garantida; o próprio vice Michel Temer a considera pertinente. Collor passou o período de quase três meses entre o afastamento e a cassação definitiva, em 1992, sem acesso a uma estrutura oficial oferecida pelo governo. O então ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, e a equipe de Collor chegaram a negociar a instalação de um gabinete na Granja do Torto, além da cessão de assessores e carros, mas o acordo não prosperou. Segundo a assessoria do hoje senador Fernando Collor (PTC-AL), durante o afastamento, em outubro, até o julgamento, em dezembro, ele ficou “à míngua”, isolado na Casa da Dinda, propriedade de sua família.

Nenhum comentário: