O presidente interino Michel Temer voltou atrás e decidiu recriar o Ministério da Cultura. A informação foi dada neste sábado (21) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Por conta de uma onda de protestos em diversas capitais, Temer decidiu revisar o ato que fundia Educação e Cultura num único ministério, o MEC. Segundo Mendonça Filho, Temer confirmou o atual Secretário Nacional de Cultura, Marcelo Calero, como o novo ministro da Cultura. A medida provisória que trata da recriação da pasta será publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (23). A posse de Calero está prevista para terça-feira (24). "Conversei com o presidente Temer sobre a decisão de recriar o Ministério da Cultura. O compromisso do presidente com a Cultura é pleno. A decisão de recriar o Minc é um gesto do presidente Temer no sentido de serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira", comunicou Mendonça Filho, em sua conta no Twitter. Em apenas uma semana de governo, Temer virou alvo de críticas e protestos da população, da classe artística e de intelectuais, depois da publicação em Diário Oficial da União da extinção do Ministério da Cultura e a fusão à pasta comandada por Mendonça Filho. Nesta sexta-feira, com o objetivo de conter protestos, o presidente promoveu Marcelo Calero ao cargo de Secretário Especial Nacional de Cultura, mas o ato não arrefeceu as manifestações em diversas capitais brasileiras. O Ministério da Cultura foi criado em 1985, no governo Sarney. Antes, a área estava ligada à Educação e se chamava MEC, como era a proposta atual de Temer. No governo Collor, o Ministério da Cultura voltou a ser extinto, para ser recriado novamente no governo de Fernando Henrique Cardoso. (JB)
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