O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em seu acordo de delação premiada, que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita, então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo em 2012. De acordo com a delação, Machado teria afirmado que o acerto do repasse ocorreu em setembro daquele ano. O pagamento foi feito por meio de doação eleitoral pela empreiteira Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. As informações são da Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, o delator teria afirmado que Temer pediu ajuda porque a campanha de Chalita estava com dificuldades financeiras. A conversa teria ocorrido numa sala reservada da base aérea. "Michel Temer então disse que estava com problema no financiamento da candidatura do Chalita e perguntou se o depoente poderia ajudar; então o depoente disse que faria um repasse através de uma doação oficial", diz o documento de sua delação. Ainda segundo Machado, o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer "estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", continua. As declarações de Machado na delação explicam um diálogo gravado com o ex-presidente José Sarney. O presidente interino, Michel Temer, negou que tenha pedido doação a Sérgio Machado para a campanha de Gabriel Chalita. Michel Temer disse também que nunca se encontrou em lugar inapropriado com Sérgio Machado. (JB)
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