segunda-feira, agosto 08, 2016

Maria da Penha: "A vigilância para evitar o retrocesso da lei tem que ser constante


Ela precisou esperar 19 anos e seis meses para ver o ex-marido, que a deixou paraplégica, ir para a cadeia. Sua luta virou a luta de todas as mulheres. E seu nome deu nome à lei mais importante do País para proteger a mulher vítima de violência. Nesta entrevista, concedida por telefone, de Fortaleza, onde mora, Maria da Penha Maia Fernandes, 71 anos, diz que a primeira década foi só o começo. Tem muita luta pela frente.Não tenha dúvidas. A vigilância tem que ser constante e de todos. É eterna. Não podemos descansar. Desde a sua criação e até hoje existem setores machistas dispostos a enfraquecer a lei. Em 2009, derrubamos um projeto que transformava a violência doméstica em delito de baixo potencial ofensivo. Tivemos que impedir esse retrocesso. Há resistência entre gestores também. Isso é tão presente que as políticas públicas que atendem à Lei Maria da Penha só foram criadas, nesses dez anos, nas grandes cidades. 

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