O acordo de socorro ao Estado do Rio acertado nesta quarta-feira entre o governador Luiz Fernando Pezão e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, envolve ações que somam R$ 20 bilhões somente este ano. Segundo integrantes da equipe econômica, cerca de metade desse montante é relativa a medidas de redução de gastos. Estão previstos ainda aumento de receitas e reestruturação das dívidas do estado. Num período mais longo, até 2020, o valor total do acordo deverá ter um impacto de cerca de R$ 50 bilhões. Meirelles afirmou ao Globo que o acordo está sendo fechado com cuidado, para dar segurança jurídica tanto à União quanto ao governo estadual: — E isso está sendo feito em tempo recorde. Estamos trabalhando intensamente para cuidar de todos os detalhes. Normalmente, um acordo dessa proporção levaria pelo menos dois meses para ser costurado. O plano inclui a renegociação das dívidas do Rio, tanto com a União quanto com bancos públicos e organismos multilaterais. Durante sua vigência, os pagamentos ao governo federal ficarão suspensos. Isso pode durar de três a cinco anos. A Cedae será privatizada, e os recursos dessa operação vão ser antecipados ao estado por instituições públicas, como o Banco do Brasil e o BNDES. Segundo os técnicos, está sendo feita uma negociação de forma a que o estado não possa voltar atrás na privatização. A ideia é que ações da Cedae sejam dadas em garantia às instituições financeiras.
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