sexta-feira, novembro 17, 2017

Alerj decide soltar Picciani, Melo e Albertassi

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) revogou, nesta sexta-feira, a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que decretou as prisões dos deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), presidente da Alerj, Paulo Melo e Paulo Albertassi, ambos também do PMDB. Também foi derrubado o afastamento dos três de seus mandatos parlamentares. O plenário da Casa teve 39 votos favoráveis ao relatório do deputado estadual Milton Rangel (DEM), que defende a soltura dos peemedebistas, e 19 contrários, com uma abstenção. Dois deputados que marcaram presença não votaram.
A votação eletrônica foi aberta por volta das 16h30. Picciani, Melo e Albertassi se entregaram ontem à Polícia Federal, após o TRF2 determinar que eles fossem detidos. Os três são alvos da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato no Rio. O Ministério Público Federal suspeita que eles praticaram crimes de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas no suposto recebimento de propinas de empresas de ônibus do Rio de Janeiro e de empreiteiras, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht. A sessão que derrubou a decisão unânime da 1ª Seção Especializada do TRF2 foi conduzida pelo primeiro vice-presidente da Alerj, deputado Wagner Montes (PRB). Antes da votação, dois deputados favoráveis e dois contrários à prisão dos parlamentares tiveram oito minutos cada para defender suas posições. Aliados dos peemedebistas, os deputados André Correa (DEM) e André Lazaroni (PMDB) argumentaram que parlamentares só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis e ressaltaram que os Poderes devem ser independentes.

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