Está custando, “no mercado livre”, até R$ 70 o voto para deputado estadual, e R$ 100 para deputado federal. O pagamento é em espécie, dividido em parcelas, até as vésperas do dia da votação. Os “vaqueiros”, como estão sendo chamados os outrora cabos eleitorais, não toleram atraso nas parcelas negociadas, tanto que o mês de agosto é chamado de período da recompra, pois naquele mês alguns contratos chegam a ser desfeitos por descumprimento do calendário de desembolso. As negociações são do domínio público no mundo político, mas a cumplicidade, inclusive entre concorrentes, dificulta o trabalho da fiscalização para comprovar a existência dos contratos. Só nos flagrantes, no dia da votação, a compra direta nas proximidades das seções eleitorais é comprovada, com quase nenhuma consequência para comprador e vendedor. O procurador-regional eleitoral cearense, Anastácio Nóbrega Tahim Júnior, apoiado em informações publicadas pelo Diário do Nordeste, relatando pronunciamentos de deputados na Assembleia Legislativa cearense sobre a compra de votos, já tomou o depoimento de dois parlamentares nesta semana.
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