A defesa do deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a absolvição sumária do político pelo crime de racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o parlamentar em abril. De acordo com a denúncia, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, Bolsonaro, em pouco mais de uma hora de discurso, "usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais". A defesa do deputado, por outro lado, afirma que as declarações não configuram crime, apenas sua opinião política, em "diálogo mantido com o seu eleitorado". Os advogados de Bolsonaro argumentam que a denúncia foi feita de forma precipitada e com "certo oportunismo diante da campanha eleitoral". As acusações são apontadas como genéricas, porque não teriam, segundo os defensores do político, especificado como Bolsonaro "praticou, induziu e/ou incitou, a discriminação e/ou preconceito contra a comunidade quilombola e estrangeiros".
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