A RecordTV era a única rede no Brasil a apresentar um jornal no sábado pela manhã. Era, porque a Globo vai colocar um produto igual em todas suas afiliadas. O novo telejornal da TV Bahia mostra sua proposta já no nome, uma espécie de saudação ao fim de semana: Bom Dia Sábado. A leveza do raiar do dia é também a marca do jornal semanal que estreia dia 25, às 8h30, com uma proposta diferente do que o telespectador está acostumado. As notícias da cidade continuam lá, quentes como se tivessem acabado de sair do forno, mas com uma roupa diferente para dar aquele clima de fim de semana. No lugar da apresentação tradicional, uma novidade: enquanto Silvana Freire guia o jornal de dentro do estúdio, Eduardo Oliveira apresenta da rua, em um ponto diferente da cidade a cada semana. Dois ambientes para dois apresentadores que se conectam em um bate-bola ao vivo e descontraído. Tudo isso para mostrar as principais notícias do dia, além de reportagens especiais e uma agenda com dicas de como aproveitar o fim de semana. “O Bom Dia Sábado é uma saudação ao fim de semana e vai trazer no cardápio informações importantes tanto para quem aproveita a manhã de sábado para trabalhar, resolver pendências da semana, como para já começar a se divertir. Vamos trazer informações ao vivo do tempo, trânsito, esporte e, é claro, uma agenda cultural cheia de opções para quem tem pouco dinheiro ou quem quer gastar um pouco mais”, explica a editora-chefe do Bom Dia Sábado, Daniella Silva, 40 anos.
Idealizado no final de abril, o Bom Dia Sábado vai ter participação do G1 Bahia, do Globo Esporte e de uma equipe de repórteres da capital e do interior para atualizar, ao vivo, as notícias dos últimos minutos. Cerca de dez pessoas fazem parte do núcleo exclusivo do programa que, na verdade, vai contar com o apoio de toda a equipe da Rede Bahia que, só em Salvador, reúne 170 pessoas. O programa pioneiro criado na TV Bahia já começa inspirando outras afiliadas da Globo, que também vão adotar o Bom Dia Sábado em sua programação. A ideia do jornal, composto por três blocos e 30 minutos de duração, é preencher a lacuna de 12h sem notícias que existe entre o BATV de sexta-feira e o Bahia Meio Dia de sábado. Isso porque, muito além de uma janela para o fim de semana, o sábado revelou ser um dia de plena atividade do público. “Descobrimos - e isso tem a ver com pesquisa - que o sábado é um dia ativo na vida das pessoas . Ou seja, um dia que as pessoas transitam, resolvem coisas que eventualmente não conseguiram fazer durante a semana. Tem muita gente que trabalha no sábado. Ele não é só um dia de descanso, de sossego. Então, concluímos que seria importante trazer para o começo da manhã um jornal que prestasse esse serviço”, destaca o diretor de jornalismo da Rede Bahia de Televisão, Eurico Meira da Costa, 45. Montado todas as sextas-feiras à noite e desmontado logo após a exibição do telejornal, o cenário do Bom Dia Sábado traduz a proposta do programa inovador. Com cores e luzes que remetem ao que se vê no início do dia, o cenário desenvolvido por José Eugênio simula as conexões neurais do cérebro. A ideia é retratar as redes formadas pela comunicação que conectam, com leveza, lugares e pessoas. “Esse desenho representa as conexões neurais, as sinapses e as redes que se formam. Seja através das redes sociais, seja através das redes comunitárias, seja a trama social. É isso que a gente quer representar aqui. Que, no final das contas, quer promover essa conexão nossa com o público”, reforça Eurico. A partir da hashtag #tônobomdia, os telespectadores podem interagir com os apresentadores que vão mostrar os principais comentários no ar. Além disso, a aproximação com o público acontece na própria apresentação de Silvana e Eduardo, que é mais informal e improvisada. Um cachorro latiu no meio da matéria? Não tem problema, afinal faz parte. Mostrar as emoções? Também está valendo. Claro que tudo isso sem tirar o foco da notícia. “Não tem tanta amarra e isso é muito bom para o profissional. Eu gosto muito, porque faz muito mais meu estilo. Eu sou de falar, gesticular, de brincar... Se me der corda, tem que puxar! (risos) Isso é massa, poder ser mais natural, ser mais eu”, comemora Silvana Freire, 33, que atua na Rede Bahia há sete anos, tendo passado pelo Jornal da Manhã e pelo Bahia Meio Dia. No Bom Dia Sábado, a apresentadora vai poder se aproximar mais do comportamento que tem fora do estúdio. “Acho que as pessoas gostam disso. Elas se sentem representadas de saber um pouquinho sobre você. A maioria das pessoas que me acompanham nas redes sociais já sabe que eu gosto de bichos, que sou gulosa... Então meio que vão conhecendo quem é Silvana”, sorri a apresentadora. Tanto Silvana, quando Eduardo assumem a função de repórteres especiais e editores. Ou seja, participam da produção da notícia do início ao fim. “Isso aproxima o telespectador. Se eu vou chamar a matéria que já conheço desde a concepção, acaba criando uma nova linguagem”, defende Silvana. Eduardo, 39 anos, concorda e defende que o sucesso da informalidade depende de muito conhecimento. Nascido no interior de São Paulo e criado em Feira de Santana, o apresentador leva para o Bom Dia Sábado a experiência que construiu na TV Bahia desde 2008, misturando jornalismo esportivo e entretenimento. “O jornalismo mais leve vem sendo apurado há algum tempo. É um processo que vem da necessidade de aproximação com o público, de tentar ser o mais informal possível e, ao mesmo, tempo informativo. Mas se confunde informalidade com falta de domínio. E não é. Para que eu consiga falar de forma mais leve, preciso me informar muito sobre o que estou falando”, garante Eduardo, que vai comandar o cenário “vivo” do programa: a rua. Portanto, quem espera um jornal mais formal já pode desconstruir a ideia na cabeça. “Estamos falando de um programa semanal”, lembra Eurico Meira da Costa. “Mesmo que o telespectador queira informação, notícia, ele quer ver esse conteúdo de uma forma diferente”, reforça o gerente de jornalismo da TV Bahia, Giácomo Mancini. Por isso, mais uma vez, o principal desafio do Bom Dia Sábado é “fazer um programa que seja quente e leve”, resume Eurico. "A forma de fazer jornal está mudando muito. Não só na Rede Bahia, mas em todas as emissoras”, acrescenta a editora-chefe Daniella Silva, que atua na TV Bahia há sete anos. Além de ter passado pelo Jornal da Manhã, esteve à frente do Bahia Meio Dia até o final de abril. “Antes, era aquela coisa mais contida, você não podia falar o que estava sentindo. Hoje não: o público gosta quando você sente como ele, quando você se emociona. Então, a gente veio acompanhando uma mudança de sociedade também, porque as pessoas não queriam mais robôs ali. Elas queriam se ver naquele programa”, reflete. “Vai ser um jornal gostoso de assistir”, garante. (Correio)
Idealizado no final de abril, o Bom Dia Sábado vai ter participação do G1 Bahia, do Globo Esporte e de uma equipe de repórteres da capital e do interior para atualizar, ao vivo, as notícias dos últimos minutos. Cerca de dez pessoas fazem parte do núcleo exclusivo do programa que, na verdade, vai contar com o apoio de toda a equipe da Rede Bahia que, só em Salvador, reúne 170 pessoas. O programa pioneiro criado na TV Bahia já começa inspirando outras afiliadas da Globo, que também vão adotar o Bom Dia Sábado em sua programação. A ideia do jornal, composto por três blocos e 30 minutos de duração, é preencher a lacuna de 12h sem notícias que existe entre o BATV de sexta-feira e o Bahia Meio Dia de sábado. Isso porque, muito além de uma janela para o fim de semana, o sábado revelou ser um dia de plena atividade do público. “Descobrimos - e isso tem a ver com pesquisa - que o sábado é um dia ativo na vida das pessoas . Ou seja, um dia que as pessoas transitam, resolvem coisas que eventualmente não conseguiram fazer durante a semana. Tem muita gente que trabalha no sábado. Ele não é só um dia de descanso, de sossego. Então, concluímos que seria importante trazer para o começo da manhã um jornal que prestasse esse serviço”, destaca o diretor de jornalismo da Rede Bahia de Televisão, Eurico Meira da Costa, 45. Montado todas as sextas-feiras à noite e desmontado logo após a exibição do telejornal, o cenário do Bom Dia Sábado traduz a proposta do programa inovador. Com cores e luzes que remetem ao que se vê no início do dia, o cenário desenvolvido por José Eugênio simula as conexões neurais do cérebro. A ideia é retratar as redes formadas pela comunicação que conectam, com leveza, lugares e pessoas. “Esse desenho representa as conexões neurais, as sinapses e as redes que se formam. Seja através das redes sociais, seja através das redes comunitárias, seja a trama social. É isso que a gente quer representar aqui. Que, no final das contas, quer promover essa conexão nossa com o público”, reforça Eurico. A partir da hashtag #tônobomdia, os telespectadores podem interagir com os apresentadores que vão mostrar os principais comentários no ar. Além disso, a aproximação com o público acontece na própria apresentação de Silvana e Eduardo, que é mais informal e improvisada. Um cachorro latiu no meio da matéria? Não tem problema, afinal faz parte. Mostrar as emoções? Também está valendo. Claro que tudo isso sem tirar o foco da notícia. “Não tem tanta amarra e isso é muito bom para o profissional. Eu gosto muito, porque faz muito mais meu estilo. Eu sou de falar, gesticular, de brincar... Se me der corda, tem que puxar! (risos) Isso é massa, poder ser mais natural, ser mais eu”, comemora Silvana Freire, 33, que atua na Rede Bahia há sete anos, tendo passado pelo Jornal da Manhã e pelo Bahia Meio Dia. No Bom Dia Sábado, a apresentadora vai poder se aproximar mais do comportamento que tem fora do estúdio. “Acho que as pessoas gostam disso. Elas se sentem representadas de saber um pouquinho sobre você. A maioria das pessoas que me acompanham nas redes sociais já sabe que eu gosto de bichos, que sou gulosa... Então meio que vão conhecendo quem é Silvana”, sorri a apresentadora. Tanto Silvana, quando Eduardo assumem a função de repórteres especiais e editores. Ou seja, participam da produção da notícia do início ao fim. “Isso aproxima o telespectador. Se eu vou chamar a matéria que já conheço desde a concepção, acaba criando uma nova linguagem”, defende Silvana. Eduardo, 39 anos, concorda e defende que o sucesso da informalidade depende de muito conhecimento. Nascido no interior de São Paulo e criado em Feira de Santana, o apresentador leva para o Bom Dia Sábado a experiência que construiu na TV Bahia desde 2008, misturando jornalismo esportivo e entretenimento. “O jornalismo mais leve vem sendo apurado há algum tempo. É um processo que vem da necessidade de aproximação com o público, de tentar ser o mais informal possível e, ao mesmo, tempo informativo. Mas se confunde informalidade com falta de domínio. E não é. Para que eu consiga falar de forma mais leve, preciso me informar muito sobre o que estou falando”, garante Eduardo, que vai comandar o cenário “vivo” do programa: a rua. Portanto, quem espera um jornal mais formal já pode desconstruir a ideia na cabeça. “Estamos falando de um programa semanal”, lembra Eurico Meira da Costa. “Mesmo que o telespectador queira informação, notícia, ele quer ver esse conteúdo de uma forma diferente”, reforça o gerente de jornalismo da TV Bahia, Giácomo Mancini. Por isso, mais uma vez, o principal desafio do Bom Dia Sábado é “fazer um programa que seja quente e leve”, resume Eurico. "A forma de fazer jornal está mudando muito. Não só na Rede Bahia, mas em todas as emissoras”, acrescenta a editora-chefe Daniella Silva, que atua na TV Bahia há sete anos. Além de ter passado pelo Jornal da Manhã, esteve à frente do Bahia Meio Dia até o final de abril. “Antes, era aquela coisa mais contida, você não podia falar o que estava sentindo. Hoje não: o público gosta quando você sente como ele, quando você se emociona. Então, a gente veio acompanhando uma mudança de sociedade também, porque as pessoas não queriam mais robôs ali. Elas queriam se ver naquele programa”, reflete. “Vai ser um jornal gostoso de assistir”, garante. (Correio)
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