quarta-feira, setembro 19, 2018

Desembargador do Ceará é condenado por venda de liminares

O desembargador Carlos Rodrigues Feitosa foi condenado na esfera administrativa, ontem, à aposentadoria compulsória. A decisão do Conselho Nacional de Justiça pela aplicação da punição máxima contra o magistrado foi proferida em sessão extraordinária, presidida pelo ministro Dias Toffoli. Feitosa é acusado de participar do esquema de venda de liminares, nos plantões do Tribunal de Justiça do Ceará, investigado pela ' Polícia Federal. Todos os votos dos conselheiros foram de acordo que o desembargador deveria ser aposentado e receber seus proventos mensais. Segundo levantamento disponibilizado pelo Conselho, o salário do magistrado é de R$ 43 mil. O julgamento foi o último da sessão realizada ontem. O subprocurador geral da República, Carlos Vilhena, se manifestou em nome do Ministério Público dizendo que os autos deixam nítido que o advogado Fernando Carlos de Oliveira Feitosa, um dos filhos do desembargador, foi responsável por criar um grupo na rede social WhatsApp, para noticiar aos interessados o dia em que seu pai estaria de plantão no Judiciário do Ceará. A intenção, conforme o subprocurador, seria captar clientes que pudessem pagar pelas decisões em favor deles. O nome da operação que investiga as negociatas - 'Expresso 150' - se deu justamente pela média dos valores que eram recebidos a cada liminar concedida: R$ 150 mil.

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