Além da prisão dos dois ex-presidentes do fundo de pensão da Petrobras, o Petros, o Ministério Público Federal (MPF) pediu também a detenção do atual dono da OAS, o empresário baiano César Mata Pires Filho. Ele é herdeiro do fundador da empreiteira, o empresário baiano César Mata Pires, que faleceu em agosto do ano passado. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o filho só não foi preso porque está em viagem nos Estados Unidos. Ao todo, 22 mandados de prisão foram expedidos por suspeita de desvios na construção da sede da Petrobras na Bahia. Chamado de Torre Pituba, o edifício de 22 andares foi construído com recursos da Petros e tinha o objetivo de ser alugado pela companhia. De acordo com o MPF, o custo estimado do projeto foi de R$ 1,3 bilhão. Mas desse montante, pelos menos R$ 68 milhões teriam sido desviados em pagamento de propina. Entre os alvos de prisão preventiva, estão os ex-presidentes da Petros, Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa, o dirigente do fundo de pensão, Newton Carneiro da Cunha, e o ex-dirigente petista Valdemir Garreta, responsável pelo marketing de campanhas eleitorais do partido. Um terceiro ex-presidente do fundo, Wagner Pinheiro, foi ainda alvo de buscas, por suspeita de ter recebido cerca de R$ 2,5 milhões em propina através de uma empresa de fachada. Vale ressaltar que essa é a primeira fase da Operação Lava Jato, autorizada pela juíza Gabriela Hardt, que substitui o juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. (BN)
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