Na semana em que o Ministério Público Federal denunciou oito pessoas envolvidas em corrupção no Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães de Itabuna, mais uma denúncia foi divulgada. Desta vez, sobre a compra de um tomógrafo. De acordo com apurações do Ministério Público Federal (MPF), o equipamento comprado por R$195 mil foi adquirido com avarias e sem funcionar. Além disso, a empresa que vendeu o tomógrafo, a RGR Serviços Médicos, não tinha habilitação para participar do edital do Hospital. Mesmo assim, e sem apresentar os documentos exigidos, o contrato foi assinado, com valor acima do mercado. O responsável pela venda do aparelho, Ricardo Rosas, admitiu ao MPF que vendeu o tomógrafo que era usado no Hospital da Cotef. Ele confirmou, também, que o prefeito Fernando Gomes, o secretário de saúde José Henrique, e o diretor médico do Hospital de Base João Antônio Carvalho, sabiam das avarias do aparelho e, ainda assim, o convenceram a vender para o Hospital de Base. No laudo de Perícia Contábil da Polícia Federal nº 094/2014 são detalhados todos os reparos no aparelho. Já em 2008, em uma auditoria, foi constatado que ele estava quebrado por problemas na ampola. A Polícia Federal estima a vantagem ilegal de Rosas em R$ 180 mil, atualizados. Já o MPF quer a condenação de todos os envolvidos, por fraude em licitação e peculato, com penas que vão de dois a 12 anos, mais multa e a devolução do valor desviado, R$ 2.233.100 que, corrigido, passa dos R$ 4 milhões. (Políticos da Bahia)
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