O tribunal de Tóquio negou nesta quarta-feira (9) um pedido de soltura para o presidente da Renault, Carlos Ghosn, um dia depois de seu primeiro comparecimento perante a Justiça japonesa. Os advogados do empresário apresentaram na terça-feira um recurso para obter sua liberdade, mas o juiz negou, argumentando o risco de fuga do acusado e a possibilidade de alteração de provas. “O pedido para anular a detenção foi rejeitado em 9 de janeiro”, anunciou o tribunal de Tóquio em um comunicado. O advogado de Ghosn, Motonari Otsuru, acredita que seu cliente ficará detido até o julgamento, o que pode acontecer dentro de alguns meses. Em seu primeiro depoimento desde que foi detido por suspeita de fraude financeira, o magnata do setor automotivo, de 64 anos, afirmou que agiu com “honra, legalmente e com o conhecimento e a aprovação dos diretores da Nissan”. Recordou que “dedicou duas décadas de sua vida para reerguer” a montadora japonesa e disse que foi “acusado falsamente e detido de maneira injusta”. No dia 10 de dezembro, o empresário franco-brasileiro-libanês foi acusado de sonegar 5 bilhões de ienes (44 milhões de dólares) em imposto de renda entre 2010 e 2015. (IstoÉ)
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