Apesar da Câmara e do Senado terem rejeitado o projeto do governo de remanejar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o da Justiça, o órgão deve acabar nas mãos do ministro Sergio Moro de qualquer maneira. De acordo com uma fonte do governo que acompanhou as negociações com o Congresso para a aprovação da Medida Provisória 870, reduzindo o número de ministérios de 29 para 22 — mas que reprovou a ida do Coaf para a jurisdição de Moro —, essa decisão dos parlamentares não pode ser tratada como derrota de Bolsonaro. Afinal, o fato de os parlamentares terem decidido que o Coaf fica com Paulo Guedes é apenas um detalhe. Ao final, Bolsonaro deve transferir o órgão a Moro por meio de portaria. Ao perceber que os deputados rejeitariam a MP 870 só para enfraquecer Moro, o ministro Onyx Lorenzoni aceitou que o Coaf permanecesse na Economia. “Foi apenas um ato simbólico. Bolsonaro está convencido de que o Coaf é indispensável para o combate ao crime organizado”, diz a fonte. Moro terá acesso ao órgão nem que seja compartilhando-o com Guedes. O próprio Moro minimizou a derrota. Em Portugal, durante um seminário, o ministro disse que concordava com a decisão do Senado. “É uma pena, mas vou atuar em conjunto com o ministro Paulo Guedes para otimizar os dados do Coaf”. Para ele, tudo isso, perder ou ganhar, faz parte da democracia. O certo é que o órgão já recebeu um bom reforço no pessoal. (IstoÉ)
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