quinta-feira, setembro 26, 2019

Câmara de Itabuna defende desbloqueio para Ufsb e institutos

Num discurso duro contra o Governo Federal, o presidente do Legislativo de Itabuna, Ricardo Xavier, criticou o bloqueio de verbas das instituições federais de ensino instaladas na região cacaueira. “O presidente [Bolsonaro] está atacando a educação de forma aberta e escancarada. Precisamos reagir democraticamente e reverter esse quadro”, alertou Ricardo Xavier. Em Audiência Pública na terça, 23, o presidente da Câmara de Itabuna defendeu o desbloqueio dos recursos para a Universidade Federal do Sul da Bahia e os institutos federais. O evento foi organizado pela Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste Baiano – Amurc, com participação da reitora da Ufsb, Joana Angélica Guimarães, e dos diretores Thiago Nascimento (Ifba) e Daniel Pereira (IF Baiano). Os gestores das instituições federais contextualizaram a crise financeira que assola o ensino superior na região. A suspensão no repasse pelo Governo Federal prejudica atividades dentro e fora das salas de aula. Aparelhos de ar-condicionado precisaram ser desligados; no caso do IF Baiano, a permanência de alunos está comprometida já que o Instituto fornece alimentação. Outra preocupação manifestada na Audiência Pública diz respeito ao atraso de obras de construção civil. Só na Ufsb, aproximadamente 300 pessoas foram demitidas depois que o Ministério da Educação ordenou a paralisação da obra. “Total falta de respeito. Coisa que nunca se viu. Passou por cima da autonomia das universidades”, ressaltou a reitora. Da plateia, servidores federais e pais de alunos enfatizaram que os cortes para a educação superior gratuita comprometem tanto o futuro da juventude quanto o desenvolvimento socioeconômico sul baiano. Os depoimentos reforçaram a necessidade de dialogar com a sociedade e ampliar o campo de discussão em torno dos cortes efetuados pelo Governo Federal. Como encaminhamento da audiência de Itabuna, o presidente da Amurc, Aurelino Cunha, prefeito de Firmino Alves, informou que uma carta com reivindicações e sugestões será redigida e entregue pessoalmente ao ministro da Educação em 1º de outubro em Brasília. Outras audiências públicas serão realizadas em Uruçuca, Porto Seguro, Ilhéus e Teixeira de Freitas.

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