sexta-feira, novembro 29, 2019

Após oito horas, reféns são liberados em bar no Centro do Rio

Após cerca de oito horas, todas as vítimas que eram mantidas reféns em um bar no Centro do Rio foram liberadas. Policiais fizeram um cerco e, até o fim da noite, ainda negociavam com o homem, identificado como Danilo Macedo. Ele, de acordo com a PM, estava armado com uma faca. A ação aconteceu na Rua do Rezende, altura da Avenida Mem de Sá. Para a ação dos policiais, a via foi totalmente interditada ao trânsito. Ninguém ficou ferido. De acordo com a polícia, o homem chegou a manter sete pessoas reféns no estabelecimento comercial. O suspeito foi capturado após os policiais entrarem no bar. Anteriormente, para impedir a entrada da polícia, Danilo havia colocado cadeiras na porta do imóvel, pelo lado de dentro. — Ele levou um tiro de eletrochoque pelo Bope. Foi preso e será levado para a delegacia — informou o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess. Em seguida, os militares iniciaram buscas no local para checar se havia alguma arma de fogo no estabelecimento.
Três das vítimas eram funcionárias da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) — uma delas foi identificada como Flávia e o outro como Almir. Com o passar das horas, os reféns foram sendo liberados. Um deles saiu do local segurando uma garrafa de cerveja. Também foram mantidos no bar um cozinheiro que trabalha no local e a dona do estabelecimento, Lucia Ferreira Batista, liberada mais cedo. — Ela disse que está tudo bem. Não está ferida. Claro, ficou um pouco desorientada com tudo isso que aconteceu — disse o marido dela, o operador de câmera Flávio Pereira da Silva, que não estava no Rio quando soube da situação. Segundo testemunhas, a motivação do sequestro seria uma briga entre o suspeito e quem gerencia o estabelecimento comercial. Nos dias de semana, o Bar da Preta serve almoço. Às quartas e durante os fins de semana, o horário de funcionamento é estendido até a noite, com rodas de samba e karaoquê liberado para o público. De acordo com o genro da dona do bar, João Gomes, o sequestrador havia prometido se vingar após uma confusão que ocorreu há duas semanas. Nela, conforme o relato, um policial à paisana teria disparado um tiro para o alto para despersar o tumulto. Valdir Souza, um vizinho de Danilo, contou que o homem trabalha comercializando caipirinhas na Lapa e mora no imóvel acima do bar. Ele também relatou a versão de que a briga há duas semanas seria a motivação para ele ter feito reféns nesta sexta-feira. Ele acrescentou, ao contrário do que argumentou João Gomes, que as brigas eram recorrentes. Às vezes, afirmou Valdir, quando o suspeito chegava em casa , havia "mesas na calçada e isso gerava discussões". (O Globo)

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