terça-feira, junho 16, 2020

Moraes quebra sigilo bancário de deputados bolsonaristas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador para apurar se eles atuaram no financiamento de atos antidemocráticos, que pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional. A decisão de Moraes foi tomada em conjunto com a autorização de busca e apreensão contra vinte e um alvos ligados aos atos antidemocráticos, operação realizada nesta terça-feira (16) pela Polícia Federal e batizada de Lume. A decisão de Moraes determinou a quebra dos sigilos bancários de dez deputados federais: Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Carolina de Toni (PSL-SC), Alê Silva (PSL-MG), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR), Otoni de Paula (PSC-RJ) e o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ). A medida foi determinada após a constatação de indícios de que esses deputados manifestaram apoio aos atos antidemocráticos e pela necessidade de aprofundar as investigações em relação a eles. A operação de busca e apreensão e quebras de sigilo foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por Moraes. Além desses nomes, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) também foi alvo da operação. A medida englobou alguns empresários como: Otávio Fakhoury e o advogado Luís Felipe Belmonte, responsável pela organização e financiamento do novo partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil.
A PF cumpriu hoje busca e apreensão contra o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). A ordem de Moraes, porém, mostra que a investigação é mais ampla e atinge outros parlamentares da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. Um dos braços da investigação busca rastrear os financiadores dos atos antidemocráticos. Alguns empresários foram alvos de busca e apreensão hoje, como Otávio Fakhoury e o advogado Luís Felipe Belmonte, responsável pela organização e financiamento do novo partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. Com as quebras de sigilo bancário, a investigação busca mais pessoas que estejam apoiando financeiramente as manifestações, que pedem fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e intervenção militar. O inquérito sobre os atos antidemocráticos foi solicitado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, em abril, para investigar a organização dessas manifestações e o possível cometimento de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. Na segunda, a PF já havia prendido a extremista Sara Fernanda Giromini. Ainda há outros cinco mandados de prisão temporária em aberto, cujos alvos ainda não foram localizados. Alguns desses personagens também são investigados no inquérito das fake news, conduzido por Alexandre de Moraes. Naquele inquérito, Moraes havia determinado quebras de sigilo bancário contra Edgar Corona, Luciano Hang, Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues Lima. A suspeita é de que eles estariam envolvidos no financiamento de fake news e ataques ao STF. (O Globo)

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