quarta-feira, setembro 30, 2020

Defensoria cobra de Marão contenção ao avanço das marés

A Defensoria Pública do Estado da Bahia encaminhou ofício à Prefeitura de Ilhéus em busca de informações sobre o eventual plano de recuperação das áreas degradadas e as medidas emergenciais adotadas para conter avanço da maré em trecho de quatro quilômetros da zona norte, que destrói residências e cabanas de praias. Moradores e comerciantes dos bairros São Miguel e São Domingos sofrem com a degradação em um trecho de quatro quilômetros situado na Zona Norte. No documento, a Defensoria destaca a existência de estudos que apontam a construção do Porto do Malhado é responsável pelo avanço da maré, causando impactos socioeconômicos e ambientais nos bairros São Miguel e São Domingos. Defensor público coordenador da 3ª regional da DPE/BA, sediada em Ilhéus, Leonardo Couto Salles encaminhou o ofício à prefeitura e também lamentou a situação da Zona Norte. Segundo moradores da Zona Norte que buscaram a DPE/BA, a Prefeitura adotou entre as medidas preventivas a instalação de pedras em alguns pontos da região, mas estas não estão sendo suficientes para barrar o avanço da maré. Os habitantes locais também instalaram contenções com pedras e sacos de área, por vezes adotando recursos próprios, para conter os danos, sem sucesso. No início de setembro, a Defensoria Pública do Estado convocou uma reunião, por meio da Ouvidoria Cidadã, com a presença da Defensoria Pública da União e a comunidade local. O objetivo foi ouvir diversos relatos dos moradores e comerciantes que estão perdendo suas casas e comércios por conta do avanço da maré, bem como a ausência de medidas eficazes por parte do poder público. Sobre esta questão, há ainda Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal contra a União, a Companhia das Docas do Estado da Bahia – Codeba e o Município de Ilhéus, ajuizada há mais de 10 anos e ainda sem julgamento. A Ação Civil Pública tramita junto à Subseção da Justiça Federal em Ilhéus.

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