MP pede impugnação da candidatura de Geraldo

Itabuna poderá ter dois candidatos a menos nas eleições do dia 15 de Novembro. Fernando Gomes está com os direitos políticos suspensos por decisão transitada e julgada e deve ser impugnado e, Geraldo Simões, teve a impugnação pedida pelo Ministério Público Eleitoral. O promotor Inocêncio de Carvalho lembra que são motivos para a impugnação a rejeição de contas, irregularidade insanável, ato doloso de improbidade, decisão definitiva de órgão e ausência de suspensão desta decisão. Geraldo Simões foi condenado pelo Tribunal de Contas da União, em sentença final, por uma série de irregularidades na época em que foi presidente da Codeba, a Companhia de Docas da Bahia. A sentença final saiu em 2018, com suspensão por 8 anos, ou seja, só acaba em 2026. Nas irregularidades insanáveis cometidas por Simões constam contratação ilegal de empresa, por mais de R$ 1,3 milhão, sem licitação; a subcontratação do serviço para outra empresa, superfaturamento de preços, quitação do contrato antes do serviço prestado, entre outros. Geraldo Simões pagou à Enterpa Engenharia o valor total do Contrato 045/2002, "mesmo sabendo que havia um saldo de serviço a concluir". Outra irregularidade foi contratar a Fundação CRÊ sem que ela tivesse pessoal qualificado para os serviços contratados. Justamente por isso, ela subcontratou a empresa Aquino Consultores Associados, o que é proibido pela legislação. Além disso, o Tribunal de Contas da União afirma que Simões não comprovou que a proposta da Fundação CRÊ era a mais vantajosa. Inocêncio observa que "não houve o exaurimento do prazo de 8 anos previsto em lei, e tampouco existem notícias de que essa decisão tenha sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário". Por isso ele solicitou à Justiça Eleitoral a impugnação definitiva da candidatura do petista. (A Região)