A Justiça do Rio determinou que Paulo José Arronezi fique preso preventivamente após matar a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronezi. A defesa do engenheiro pediu sua liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica. No entanto, a juíza Monique Correa Brandao dos Santos Moreira concordou com o Ministério Público do Rio e determinou a prisão preventiva. A magistrada foi morta a facadas pelo ex-marido, na presença das três filhas. Ao longo de sua decisão, a magistrada afirma "tratar-se de crime de extrema gravidade, eis que o indiciado, na presença dos filhos menores do ex-casal, teria ceifado a vida de sua ex-esposa, desferindo diversos golpes de faca". Ela afirma que a gravidade do delito, por si só, não pode ser o único motivo para a conversão da prisão preventiva. Entretanto, ela considera que a liberdade de Arronezi representaria risco à ordem pública:"Forma da execução, a conduta do indiciado, antes e depois do ilícito, e outras circunstâncias do crime podem abalar a ordem pública, impondo-se a medida privativa de liberdade como garantia do próprio prestígio e segurança da atividade jurisdicional. No presente caso, constata-se que os fatos são de extrema gravidade e geram grave perturbação da ordem pública, considerando que a vítima, ex-esposa do custodiado, foi brutalmente esfaqueada, em via pública, na presença dos próprios filhos do casal", diz trecho da decisão. Além disso, a juíza ainda afirma que contra o engenheiro "constam anotações de delitos envolvendo violência doméstica, não sendo o presente fato evento isolado na sua vida." A magistrada também levou em conta que, se posto em liberdade, Paulo José poderia influenciar os futuros depoimentos de testemunhas, inclusive das três filhas: "Ainda, deve-se levar em consideração que as filhas do casal devem ser atendidas e ouvidas por equipe técnica, devendo ser resguardadas a fim de não sofrerem nenhum tipo de influência", diz a magistrada em sua decisão. Ao longo de sua decisão, a juíza Monique Corrêa ainda afirma que uma testemunha presenciou todo o crime e contou que o primeiro golpe que Paulo José desferiu contra sua ex-mulher com a faca foi justamente no rosto da vítima. O golpe teria sido tão forte, que a vitima caiu no chão: "Ainda, há o relato de uma testemunha presencial que teria visualizado quando o custodiado Paulo foi ao encontro da vítima Viviane e desferiu um forte golpe no seu rosto, razão pela qual teria caído imediatamente ao solo. A testemunha relata que os fatos se deram na presença de três crianças, que tinham acabado de sair do veículo", narra a juíza. Ao fim da decisão, a juíza Monique Corrêa ainda pede para que o acusado faça uma avaliação psiquiátrica.narra a juíza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário