sábado, maio 22, 2021

Salles é suspeito de apoiar contrabando e perseguir agentes

Sob o comando do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o suposto esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais, segundo a Polícia Federal, envolve desde a elaboração de pareceres técnicos, a emissão de licenças e a fiscalização até o julgamento das multas. As associações do setor madeireiro Confloresta e Aimex, assim como as empresas Tradelink, Ebata e Wizi, são investigadas por pressionar agentes a regularizar cargas ilegais, em um esquema que teria envolvido 12 agentes públicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente). A Polícia Federal investiga a emissão de licenças retroativas —dadas após a exportação, o que inviabiliza a fiscalização e a extinção da obrigatoriedade de licença— em despacho assinado pelo presidente do Ibama após reunião do ministro com madeireiras. O processamento das multas também é suspeito de beneficiar empresas por meio de interferências do assessor especial de Salles, Leopoldo Butkiewicz. A perseguição a servidores técnicos que geraram documentos contrários ao interesse do suposto esquema também é um dos motivos de afastamento dos nomes ligados a Salles. A decisão do STF, que autorizou a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal na quarta (19), detalha a participação de cada um dos 12 funcionários da pasta ambiental investigados no suposto esquema. (Uol)

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