quinta-feira, junho 17, 2021

Wizard não comparece e depoimento de auditor é adiado

O empresário Carlos Wizard não compareceu a seu depoimento na CPI da Covid, no Senado. Apontado como membro do suposto "gabinete paralelo", que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) no combate à pandemia às margens do Ministério da Saúde, Wizard havia informado que estava fora do país. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), também encerrou a sessão do colegadio pouco depois de sua abertura e pediu o adiamento do depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, também previsto para esta quinta-feira. Tanto Wizard quanto Marques possuem habeas corpus, concedidos pelo Supremo Tribunal de Contas, que lhes permitem ficar em silêncio durante seu depoimento ao colegiado. A primeira oitiva era a de Wizard, que está no Estados Unidos e chegou a pedir à CPI que prestasse depoimento virtualmente, o que lhe foi negado pois vai contra o regimento do Senado. Os senadores já haviam acionado a Justiça para que o passaporte de Wizard no caso ele faltasse seu depoimento. O HC de Wizard foi concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, e lhe dá o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si, além de poder ser acompanhado por um advogado de defesa durante o depoimento. Ele é aliado de Bolsonaro e chegou a ser cotado para integrar oficialmente o Ministério da Saúde. Na ocasião, defendeu uma recontagem do número de mortes da Covid-19. Já Alexandre Marques, o auditor do TCU, foi convocado à CPI após inserir no sistema do tribunal um relatório falso sobre o número de mortes por Covid-19 divulgado por Bolsonaro. Por causa disso, ele també foi afastado do cargo. As relações do servidor com a família Bolsonaro são antigas; o pai de Marques foi colega de turma do presidente. (G1)

Nenhum comentário: