Quatro jovens acusados de participar de uma chacina que deixou seis mortos no município de Itabela, na região sul da Bahia, em 2021, foram condenados a cerca de 200 anos de prisão. Na sentença, assinada pela juíza Tereza Júlia do Nascimento, da Vara Criminal de Itabela, os réus Antônio Carlos Santos Vasconcelos (apontado como mentor do crime) e Nathan Glaubert Santos de Jesus receberam a maior pena, estipulada em 208 anos, 8 meses de reclusão e 194 dias-multa. Já Luiz Feliphe Lira de Oliveira e Pauliran Souza da Silva Junior foram condenados a 199 anos e 08 meses de reclusão e 176 dias-multa. Durante o julgamento, ocorrido no final do mês de agosto deste ano, a Justiça entendeu que o crime foi motivado pela intenção de roubar R$ 120 mil em espécie, que o quarteto acreditava que uma das vítimas, Gean Vieira da Silva, teria recebido como herança. Antônio Carlos Santos Vasconcelos, que tinha 21 anos na época da chacina, é filho de uma advogada que havia sido contratada por uma das vítimas. Os réus foram julgados por diversos crimes: latrocínio consumado por seis vezes (contra vítimas que morreram); latrocínio tentado por quatro vezes (contra crianças sobreviventes); latrocínio e corrupção de menor (pela participação de um menor no crime, que está foragido). Antônio Carlos Santos Vasconcelos, condenado por planejar a chacina, se apresentou à polícia no dia 20 de novembro de 2021, e desde então estava preso. Um dia antes, a polícia fez uma operação e prendeu os três três jovens. O chacina ocorreu às margens da BR-101, próximo ao distrito de Montinho. Segundo um parente das vítimas, que não quis se identificar, na ocasião, quatro homens chegaram em um carro e disparam tiros. Doze pessoas estavam no barraco, entre elas quatro crianças. Três pessoas morreram na hora. As vítimas foram identificadas como Aliete Souza das Mercês, de 46 anos, o marido dela, Gean Vieira da Silva, de 42, e Edson da Silva Pereira, de 42 anos, que era vizinho do casal. Simoni Souza das Mercês, de 30 anos, morreu antes de chegar no hospital e uma criança de 11 anos morreu no dia seguinte ao ataque. Uma idosa também morreu, mas não há detalhes sobre a identidade dela. O crime ainda teve como vitimas uma mulher e suas quatro filhas de dois e um ano (gêmeas) e um bebê de um mês de vida, que sobreviveram a chacina.
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