Antecessor de Cezar Peluso na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Gilmar Mendes avalia que a crise no Judiciário tem como origem a "desinteligência da cúpula do CNJ". Para ele, o órgão não tem atuado de forma sintonizada. Desde o começo da semana passada, a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, vem sendo bombardeada por associações de magistrados que a acusam de conduzir investigações ilegais contra juízes. De outro lado, Peluso adotou uma postura de confronto em relação às iniciativas conduzidas por Eliana, o que acarretou um racha sem precedentes na história do conselho.
Na avaliação de Mendes, a crise poderia ter sido evitada se os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski não tivessem concedido as liminares que interromperam, no dia 19 — último do ano Judiciário —, as investigações da corregedoria do CNJ. Ao apreciar um pedido de suspensão da medida, Peluso optou, conforme antecipou o Correio na edição de ontem, por manter a validade da liminar que proíbe a atuação da corregedoria antes de o processo ser iniciado pelo tribunal de origem do juiz suspeito. O caso deve ser julgado de forma definitiva em fevereiro.
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