As principais varejistas do país começaram a definir os planos de investimento para 2012. Consultadas nos últimos dias, algumas redes confirmaram os projetos para ampliar o número de inaugurações de lojas, mas há empresas que já preveem estabilidade ou redução no volume previsto de aberturas no próximo ano. É algo incomum porque as grandes varejistas têm anunciado, a cada ano, planos mais agressivos de expansão orgânica.A abertura de novas lojas tem sido crucial para a estratégia das redes. São os pontos novos que chegam a dobrar a taxa de crescimento da receita com vendas, como mostram os balanços financeiros do ano.
A princípio, há redes adotando uma postura mais prudente como reflexo, em parte, do cenário econômico mais "desafiador", explicam elas. O temor é que a crise europeia afete, de forma mais contundente, a confiança do consumidor e isso reduza a demanda doméstica em 2012. Alguns indicadores têm sido acompanhados mais de perto pelas redes, como geração de vagas com carteira assinada, patamares de inadimplência e nível de crédito na praça.
Não há sinais de repique no nível de calote ou enxugamento de crédito no comércio. Mas os números do IBGE de julho a setembro mostraram a primeira queda no consumo das famílias em um trimestre desde 2008. E novembro foi o mês com o menor número de vagas formais criadas também desde 2008.
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